"É urgente corrigir a situação de falta de apoios para evitar o colapso de desporto nacional” - José Manuel Lourenço

O Presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Manuel Lourenço, participou esta quarta-feira, 10 de fevereiro, na audição pública da Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto da Assembleia da República dirigida a várias entidades desportivas sobre a atual situação do desporto em Portugal. José Manuel Lourenço revelou “preocupação” pela ausência de políticas que visem o desporto e defendeu que “é urgente corrigir esta situação de falta de apoios para que se possa evitar o colapso de desporto nacional”. 

O Presidente do Comité Paralímpico de Portugal afirmou que o desporto tem sido a “exceção” no atual contexto de pandemia uma vez que é “a única atividade que não mereceu qualquer sinal que possamos identificar como potenciador da viabilidade da atividade desportiva nomeadamente ao nível do tecido associativo, pese embora existam medidas que protegem e permitem que os atletas de alto rendimento vejam a sua atividade em termos de treino continuada”. José Manuel Lourenço acrescentou ainda que “o impacto pela falta de apoio que neste momento se faz sentir nas federações desportivas e por consequência nos clubes afeta de forma muito séria e até mais gravosa o desporto para pessoas com deficiência”.  

Numa audição que contou com intervenções do Comité Olímpico de Portugal, Confederação do Desporto de Portugal, Confederação dos Treinadores de Portugal, José Manuel Lourenço assumiu que estas entidades têm proposto soluções através de duas moções já apresentadas às entidades governativas e alertado de forma conjunta e com o apoio de um largo número de federações desportivas em diversas ocasiões “para os graves problemas que o desporto e em particular a dimensão do desenvolvimento desportivo está a ser confrontado” e lembrou que “a continuidade da falta de respostas compromete o futuro do desporto nacional”. 

O Presidente do Comité Paralímpico de Portugal defendeu ainda que “devíamos estar já a trabalhar na retoma da atividade desportiva das camadas jovens e dos escalões de formação logo que termine o confinamento” e salientou “a necessidade da Missão Paralímpica ser incluída nos grupos prioritários de vacinação para que os atletas paralímpicos possam dar continuidade à sua preparação e participar nos Jogos de Tóquio de uma forma mais segura”.