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Miguel Ángel Moratinos destaca importância do reconhecimento da iniciativa do IPC e COI na promoção da inclusão e da paz

30 Outubro 2025

Miguel Ángel Moratinos destaca importância do reconhecimento da iniciativa do IPC e COI na promoção da inclusão e da paz

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Miguel Ángel Moratinos, secretário-geral adjunto das Nações Unidas e Alto Representante para a Aliança das Civilizações, que, em 2005, ajudou a criar, foi um dos laureados da edição 2024 do Prémio Norte-Sul do Conselho de Europa, que também distinguiu a iniciativa conjunta promovida pelo Comité Paralímpico Internacional, pelo Comité Olímpico Internacional e pela Fundação Olímpica para os Refugiados que desde 2016 possibilita a participação das equipas de refugiados nos Jogos Parlímpicos e Olímpicos.

O diplomata, que viu reconhecida a sua carreira ao serviço da promoção da paz e do diálogo intercultural, não se escusou a abordar a importância que o galardão pode ter na visibilidade dos refugiados através do desporto.

“É uma importância que não é meramente simbólico. É um compromisso. Creio que este é um reconhecimento mais do que merecido. Os refugiados, que através do seu esforço pessoal, perseverança e compromisso com a paz e a superação, demonstram que são seres humanos, que têm um lugar no mundo e que não apenas devemos respeitá-los, mas também aplaudi-los por todos os sofrimentos que enfrentam e pela capacidade de superação que revelam, são um exemplo moral e ético num mundo que está a perder valores. Portanto, este é um prémio mais do que merecido. É necessário. E estou feliz por ter partilhado a honra de ser distinguindo juntamente com esta candidatura do Comité Paralímpico”, declarou-nos Miguel Ángel Moratinos.

Os frutos da colaboração entre organizações multilaterais, como as Nações Unidas, o Comité Paralímpico Internacional, o Comité Olímpico Internacional e organizações desportivas e humanitárias no apoio aos refugiados, podem e devem ser seguidos com particular atenção.

“Bem, há muitas lições que podemos retirar dessa colaboração. Temos dois exemplos muito concretos. Há um ano, a Aliança das Civilizações das Nações Unidas realizou em Cascais o seu 10.º Fórum. E organizámos um jogo de futebol pela diversidade, na Cidade do Futebol, no qual participaram mulheres, pessoas com deficiência, antigos jogadores, como o Pepe, da Seleção de Portugal e que passou pelo Real Madrid, o Enrique Setién, do Atlético de Madrid, e outros que participaram num momento que mostrou que a diversidade também pode expressar-se através do desporto. Mais recentemente, em Sarajevo, numa iniciativa em prol da paz que defendo, tivemos a participação de um jogador bósnio de basquetebol, afetado pela pólio, que tomou a palavra e expressou o seu compromisso com a paz. As organizações multilaterais devem continuar a oferecer plataformas e oportunidades para que todos possam ser protagonistas do novo mundo que queremos construir», sustentou o secretário-geral adjunto das Nações Unidas, firme na valorização do ser humano e na construção de pontes que conduzam à paz:

“Acredito que todos somos necessários no mundo que queremos construir, e todos somos seres humanos. A vida humana é o que mais vale e, portanto, a guerra deve ser travada. Penso que a mensagem transmitida hoje pelo Parlamento de Portugal é uma mensagem de paz. Não apenas como ausência de guerra, mas sim como construção ativa da paz, um esforço que envolve todos os atores, incluindo os refugiados.”



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