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André Soares de prata no Contrarrelógio Individual

20 Novembro 2025

André Soares de prata no Contrarrelógio Individual

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André Soares conquistou na madrugada desta quinta-feira a medalha de prata no Contrarrelógio Individual, nos Jogos Surdolímpicos Tóquio 2025, somando assim a sua segunda medalha na competição, depois do bronze alcançado na Corrida de Pontos - João Marques classificou-se na 12.ª posição.

Num percurso muito exigente, técnico e marcado pela grande competitividade entre os melhores ciclistas surdolímpicos do mundo, André Soares realizou uma prova de enorme consistência e maturidade, garantindo o 2.º lugar com um desempenho de grande qualidade, que reafirma o seu estatuto como um dos mais destacados nomes do ciclismo para atletas surdos.

A conquista ganha ainda maior relevância tendo em conta o esforço físico acumulado e o desgaste associado à queda sofrida na Corrida de Pontos, da qual se levantou para conquistar o bronze. Em Tóquio, André voltou a demonstrar aquilo que o define: resiliência, foco e capacidade de transformar adversidade em força competitiva.

A medalha de ouro no Contrarrelógio foi ganha pelo atleta neutral Dmitry Rozanov, também ouro na prova anterior, com 40:05.12 minutos. André Soares precisou de mais 2:29.20 minutos para completar o percurso, o sul-coreano Byungwook Ko ficou logo atrás com mais 2:29.67 minutos.

No final, visivelmente emocionado, André Soares falou das dores físicas e da forma como as transformou em força.

“Foi uma recuperação difícil, tenho algumas mazelas, ontem foi difícil fazer o reconhecimento do percurso, tivemos algumas mais sensações, mas acreditámos que poderia fazer o melhor possível, mesmo tendo em conta ser um percurso que não se encaixa nas minhas características. Mas utilizei a dor da perna para me ajudar a superar todas as dificuldades do percurso. Na alma, vai uma sensação de dever cumprido, sinto que dei o meu melhor e é um orgulho imenso representar Portugal a este nível”, declarou André Soares, revelando o segredo para resistir aos ataques de Byungwook Ko:

“O segredo? Pegámos na dor e transformámo-la em pedaladas. O apoio de toda a gente aqui também foi fundamental para que continuássemos.”

Segue-se a corrida de estrada, sábado, e André, embora confiante, não se coloca em bicos dos pés.

“Para já vamos avaliar a perna. Estamos a contar com um percurso muito exigente, serão 20 voltas a este circuito, significa que iremos passar 20 vezes por estas subidas difíceis, vamos avaliar dia a dia, mas, claro, se pudermos estar na disputa de um pódio iremos lá estar”, enviando uma mensagem a todos os que o têm apoiado:

“A mensagem que quero enviar para casa, para todos os portugueses, em especial para a minha terra, Estremoz, a todos os que nos têm estado a apoiar, e temos recebido muitas mensagens, é de agradecimento. A nossa motivação são eles lá em casa.”

A medalha de André Soares foi a 4.ª ganha por Portugal na presente edição dos Jogos Surdolímpicos, depois do ouro da judoca Joana Santos em -57kg, do bronze do próprio André Soares na Corrida de Pontos, e da prata de Margarida Silva nos 1.500 metros.

MIGUEL CRUZ COM RECORDE PESSOAL NOS 100M COSTAS

Esta quinta-feira foi também dia de a Natação entrar em ação. Miguel Cruz fez 1:08.83 minutos nos 100m Costas, melhorando a sua marca pessoal anteriormente fixada em 1:09.69 minutos. Na mesma prova, Diogo Neves finalizou a eliminatória com 1:14.03 minutos.

Nos 400m Livres, Ricardo Belezas deu tudo na piscina e fechou a sua Série, exigente e muito disputada, com 4:35.92 minutos.

Nos 50m Mariposa, Tiago Neves fez 26.72 segundos. As sete séries foram rapidíssimas e a prova disso é o facto de o recorde do mundo (24.75s) ter sido batido duas vezes, primeiro na Série 6, pelo ucraniano Illia Sultanov, com 24.64 segundos, depois, na Série 7, a de Tiago Neves, pelo também ucraniano Denys Nakonechnyi, com 24.48 segundos.

Nenhum dos quatro nadadores assegurou a presença em finais.



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