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Gala do CPP celebrou desporto surdolímpico e paralímpico

11 Dezembro 2025

Gala do CPP celebrou desporto surdolímpico e paralímpico

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A Gala do Comité Paralímpico de Portugal 2025 realizou-se esta quarta-feira, 10 de dezembro, no Pátio da Galé, em Lisboa, numa noite inteiramente dedicada à celebração do desporto paralímpico e surdolímpico nacional, com destaque para a participação histórica de Portugal nos Jogos Surdolímpicos Tóquio 2025, nos quais Portugal alcançou os melhores resultados de sempre com seis medalhas e nove diplomas.​

Placas de Agradecimento

Durante a Gala, apresentada pelo atleta Diogo Carmona, que persegue a qualificação para os Jogos Paralímpicos de Inverno Milano Cortina, foram entregues várias placas de agradecimento, sublinhando o papel de quem apoia o Movimento Paralímpico e Surdolímpico para além da vertente competitiva. Entre as Placas de Agradecimento atribuídas destacaram‑se Júlio Marcelino, treinador de Joana Santos, Delfim Martins, treinador que acompanhou a judoca nos Jogos Surdolímpicos Tóquio 2025, o técnico superior da Embaixada de Portugal no Japão, Keiichi Hioki, e Tiago Carvalho, vice‑presidente do CPP e diretor executivo da Missão aos Jogos Surdolímpicos Tóquio 2025, bem como os Comités Paralímpicos Nacionais de Angola, Azerbaijão, Cabo Verde, Grécia e Polónia, pela proximidade institucional e cooperação.

Reconhecimento do mérito desportivo

No capítulo desportivo, foram entregues as Medalhas de Mérito a atletas que se distinguiram em competições europeias e mundiais ao longo de 2025. Entre os distinguidos contam-se Carolina Duarte, Miguel Monteiro, Mamudo Baldé e Sandro Baessa (atletismo), Gonçalo Batista, Diogo Daniel, Beatriz Monteiro (badminton), Carla Oliveira, José Gonçalves, David Araújo, Paulo Cardoso, Diogo Castro, André Ramos, Ana Catarina Correia e Joana Pereira (boccia), Norberto Mourão (canoagem) e Marco Meneses (natação), pelo desempenho em Campeonatos da Europa e do Mundo nas respetivas modalidades.​

Este ano, o Comité Paralímpico de Portugal distinguiu, igualmente, dois atletas de uma dimensão que não integra o desporto paralímpico ou surdolímpico, mas que, na sua carreira desportiva, têm alcançado resultados de excelência: Vicente Pereira, na natação, e João Soldado, no ténis de mesa.

Sucesso histórico em Tóquio 

A dimensão surdolímpica ocupou um lugar de destaque na Gala deste ano, com a atribuição das Medalhas Surdolímpicas a Joana Santos, campeã surdolímpica de judo em -57 kg, a André Soares, medalhado no ciclismo (bronze na corrida por pontos e prata no contrarrelógio), e a Margarida Silva, que conquistou três medalhas no atletismo (prata nos 1500m e ouro nos 800m e 5000m) nos Jogos Surdolímpicos de Tóquio 2025. Estes resultados consolidam a melhor participação de sempre de Portugal em Jogos Surdolímpicos e foram sublinhados como um marco para o desenvolvimento do desporto para pessoas surdas no nosso país.​

Inclusão pelo Desporto e Jornalismo

O Prémio Inclusão pelo Desporto distinguiu personalidades e entidades que, pela sua ação, têm ampliado o acesso ao desporto para pessoas com deficiência. Foram galardoados Maria João Ruela, antiga jornalista e atual Consultora para os Assuntos Sociais e Comunidades Portuguesas na Presidência da República Portuguesa, Victor Sousa, um nome que se destaca no basquetebol em cadeira de rodas, a Câmara Municipal de Matosinhos, este ano parceira do Comité Paralímpico de Portugal na realização do bem-sucedido Dia Paralímpico Jovem, a PUMA, patrocinadora do Comité, a Embaixada de Portugal no Japão, pela inexcedível colaboração na organização dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2021 e dos Jogos Surdolímpicos Tóquio 2025, e o Sporting Clube de Braga, que com o seu exemplo, em particular no boccia, sublinha a importância dos grandes clubes na inclusão pelo desporto.

No domínio da comunicação, o Prémio de Jornalismo Desportivo foi atribuído a Maria Ramos Santos, da TSF, pelo trabalho “Frame Running, a nova modalidade dos paralímpicos que faz correr quem achava que não podia”, destacando a importância do jornalismo na divulgação do desporto paralímpico, e surdolímpico, e na mudança de perceções sociais.

Insígnias e Ordem Paralímpica

No que respeita a distinções honoríficas, a Insígnia Surdolímpica foi atribuída a Susana Lourenço, chefe de Missão aos Jogos Surdolímpicos Tóquio 2025, e aos treinadores Valter Sousa (treinador de André Soares) e Fernando Ferreira (treinador de Margarida Silva), pelo papel determinante na preparação e sucesso da Missão e dos atletas.

A Insígnia Paralímpica distinguiu Francisco Teófilo, pelo contributo continuado ao Movimento Paralímpico.

O ponto mais alto da noite foi a atribuição da Ordem Paralímpica a Leila Marques, recentemente eleita primeira vice‑presidente do Comité Paralímpico Internacional, sublinhando o seu percurso como atleta, médica e dirigente, sempre construído com rigor e um compromisso inabalável com a inclusão e com a excelência.

De referir, que a Gala do Comité Paralímpico de Portugal, além de outras personalidades representativas de todas as áreas da sociedade portuguesa, contou a com as presenças da Ministra da Cultura, Juventude e Deporto, Margarida Balseiro Lopes, da secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes, do secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, e da vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão.

A noite foi também abrilhantada pela atuação de Joaquim e Mafalda Nunes, pai e filha, que num diálogo de confiança absoluta em forma de tango, que já dura há 20 anos, dançaram Chau Pinela, peça emblemática do tango argentino. Em palco esteve também o coro Mãos que Cantam. Fundado em 2010, é o primeiro coro de surdos de Portugal e um dos primeiros na Europa. Dirigido por Sérgio Peixoto, o Mãos que Cantam celebrou a inclusão através da arte.

Fotos de Sérgio Miguel Santos/CPP



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