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IPC introduz títulos pós-nominais para reconhecer atletas paralímpicos

24 Fevereiro 2022



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O Comité Paralímpico Internacional (IPC) anunciou a sua iniciativa pós-nominal PLY para reconhecer o contributo, trabalho e compromisso de atletas com o Movimento Paralímpico e seus valores.

Iniciais pós-nominais como PhD ou MD são usadas depois do nome de uma pessoa para indicar que têm determinada posição, grau académico, acreditação ou honra. Assim, PLY pode ser acrescentado ao lado do nome de atletas paralimpicos em documentação oficial, redes sociais, currículo, cartões de apresentação, assinatura de email e em qualquer lado que o seu nome seja usado.

A Ideia foi apresentada como moção pelos paralímpicos da Austrália na Assembleia Geral do IPC de 2019 e foi aprovada por uma esmagadora maioria de membros do IPC. A moção citava que a introdução de letras pós-nominativas para atletas que competiram em Jogos Paralímpicos seria “um reconhecimento simbólico das suas conquistas e status na sociedade”.

Todos os que foram atletas paralímpicos são convidados a registarem-se para o uso das letras PLY preenchendo o formulário de inscrição online em https://db.ipc-services.org/sdms/hira/ply-programme. Após aprovação do status PLY pelo IPC será possível aos atletas e ex-atletas usarem as letras pós-nominativas e descarregar o respetivo certificado de reconhecimento.

Atletas paralímpicos são elegíveis para candidatura ao uso das letras PLY desde que tenham tido validação formal da sua acreditação no país organizador e tenham sido incluídos na lista de inscritos da modalidade, segundo a qual foram considerados elegíveis para competir (naqueles) Jogos Paralímpicos. Além disso, têm que aceitar os termos do Código de Conduta PLY e não podem estar a cumprir período de suspensão por violação de regras antidoping.

Os dois primeiros atletas a receber oficialmente as iniciais PLY são dois paralímpicos pioneiros, Ragnhild Myklebust e Kevin Coombs. Kevin, hoje com 80 anos, foi um dos primeiros 219 atletas paralímpicos e membro da primeira equipa paralímpica australiana que esteve nos Jogos de Roma em 1960. Kevin competiu nas modalidades de basquetebol em cadeira de rodas e atletismo em cinco Jogos Paralímpicos entre 1960 e 1984. Ragnhild Myklebust detém o record de medalhas ganhas em Jogos Paralímpicos de Inverno. A norueguesa de 78 anos competiu em biatlo, cross country e corrida de velocidade de trenó no gelo em cinco Jogos Paralímpicos de Inverno até 2002 onde ganhou 27 medalhas, 22 das quais de ouro.

Andrew Parsons, refere que para o IPC é importante reconhecer todos os atletas paralímpicos que se dedicaram durante anos de treino e fizeram enormes sacrifícios para chegar aos Jogos Paralímpicos. Além disso, afirma que os exemplos de Kevin Coombs e Ranghild Myklebust são uma parte importante da história e que devemos sempre lembrar aqueles que nos colocaram no caminho para uma maior inclusão das pessoas com deficiência.

 



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